Devo me tratar com Psiquiatria ou Homeoapatia?

Conheça um pouco mais sobre esta tendência que une Psiquiatria e Homeopatia.

Muitas pessoas acham que você ou deve tomar remédios “naturais” ou “químicos”. Ora, se tudo na natureza é físico, e toda combinação quer energética, quer material, deve obedecer a princípios físico-químicos, não existe, em tese, remédio “natural” ou remédio “químico”. Pois tudo na natureza é “químico” e “físico”, em última análise. Existem duas tendências básicas que observo no dia-a-dia do consultório: a das pessoas mais afeitas aos remédios ditos “naturais”, não alopáticos. E aquelas que não acreditam no efeito desses medicamentos.

Trabalhando na interface entre a psiquiatria – que usa tanto os recursos da palavra, pela via da psicoterapia, como dos medicamentos alopáticos – e a homeopatia – que trabalha com a lógica da cura pelo semelhante e dos medicamentos dinamizados – observo que ambas tem o seu lugar e o seu mérito. Não é à toa que ambas são reconhecidas como especialidades médicas pelos conselhos de medicina de inúmeros países do planeta.

Dentro da Psiquiatria, existem várias escolas e tendências, mais ou menos ortodoxas ou heterodoxas, e a escola que se propõe a integrar os saberes homeopáticos e psiquiátricos tem sido chamada de Psiquiatria Integrativa.

Ela é coerente com todo um movimento mundial de valorização das práticas alternativas e complementares de forma integrativa com vários outros saberes, além do saber médico. E, particularmente, acredito esse movimento deverá crescer cada vez mais.

Tais ferramentas podem ser utilizadas ora com exclusividade para medicamentos alopáticos, ora com a combinação de alopáticos e homeopáticos e, ora, exclusivamente com compostos homeopáticos, dependendo da realidade e o contexto de cada caso.

Não é à toa que temos, desde milênios, o conceito hipocrático de cura, que cita os 3 principais caminhos de cura, qual sejam: o da via natural, o da via pelo semelhante e o da via dos contrários. Reflita o leitor, em sua própria vida, os momentos em que um determinado processo se resolveu por si mesmo (Via natural de cura). Em outro momento, em que a resolução foi catalisada pela aproximação de um recurso (pessoa, contexto, etc.) com propriedades ou características semelhantes (Via da cura homeopática). E, por fim, pondere sobre os momentos em que a vida lhe apresentou o contrário como um potencializador de cura (Via alopática cura – pelos contrários).

Não são excludentes, a alopatia, a homeopatia e a via de cura natural. Pelo contrário, parece-me, cada vez mais, que são processos complementares, embora distintos de cura física, psíquica, social e espiritual, quer de um indivíduo, quer de uma coletividade, de acordo com as suas próprias necessidades sistêmicas.

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